quinta-feira, 13 de junho de 2013

MÓDULO II - “Educadores e Educandos: tempos históricos.”

“Educadores e Educandos: tempos históricos.”

22/09/2012.
Objetivos deste módulo: Possibilitar ao cursista, funcionário de escola, a aquisição de conhecimentos históricos e de interpretações da escola e da educação como espaços coletivos de formação humana, de contradições, de diversidade étnico-cultural.

O colega Alfeu Luiz nos trouxe para leitura:
A Carta do Índio Chefe Seattle, "Manifesto da Terra-Mãe", de 1854...

No início da aula participamos de uma brincadeira, onde a professora Luciane colou uma frase nas costas de cada um, depois os colegas deveriam falar sobre a frase, somente dando pistas para que cada um no fim da brincadeira adivinhasse o qual era a sua frase. Foi muito divertido! Depois trabalhamos as unidades I, II e III.


                        
Unidade I – Para que estudar e compreender a educação por meio da história.
Em todo o país, as escolas públicas vivem momentos de res­significação de suas funções sociais, políticas e pedagógicas. É cada vez maior a responsabilidade das escolas públicas com a formação integral dos estudantes de todas as classes sociais, para que eles conheçam seus direitos e deveres e saibam par­ticipar com autonomia nas decisões da comunidade. A escola é o lugar para onde enviamos nossas crianças e adolescentes, a fim de que aprendam a cultura já produzida, aprendam a conviver com o outro e possam também criar e inventar objetos, vivenciar valores, sentimentos e sonhos; a escola é o lugar de aprendizagens compartilhadas e colabora­tivas entre todos os seus integrantes.  As escolas fazem parte de um conjunto de instituições que com­põem a sociedade.
A escola é uma instituição social. Sua principal atividade é o ensino e a aprendizagem de maneira socialmente reconhecida.

Unidade II – Educação construída pelos padres da Companhia de Jesus.
Quando os colonizadores ocuparam nossas terras, que já eram habitadas pelos povos nativos, veio com eles os padres da Companhia de Jesus difundir valores, dogmas e princípios cristãos, introduzir o princípio do trabalho como instrumento de dignificação do homem e contribuir com a Coroa Portuguesa no processo de colonização e de exploração das terras.
A educação formal no Brasil começa em 1549, com a chegada dos padres da Companhia de Jesus. A educação ensinada formava novos padres para continuarem os trabalhos missioná­rios ou servia para preparar administradores locais. Os jesuítas criaram os aldeamentos e os recolhimen­tos destinados à catequese, à evangelização e à preparação de mão-de-obra, civilizando as tribos indígenas para que cola­borassem na exploração da riqueza das terras.

Unidade III – Aulas Régias: dirigidas pelo marques de Pombal.
Mudanças e transfor­mações econômicas, políticas, filosóficas, científicas, sociais e éticas, ocorreram na Europa entre 1740 e 1789, várias manifestações de con­testação do modo de enxergar o mundo, de expressar, agir e se relacionar com a natureza e com outros povos. Os ilumi­nistas propuseram um proje­to de sociedade que conduziria à modernidade, baseado na individualidade, liberdade econômica, propriedade privada, sufrágio masculino, liberdade religiosa, e na igualdade perante as leis constitucionais.  Esse movimento intelectual, científico, artístico e cultural na Europa ficou conhecido como Ilustração. Em 1772 criou-se o imposto chamado Subsídio Literário para custearem o pagamento dos professores, e foram criadas as aulas régias avulsas a serem ministradas por professores escolhidos em concur­so público e pagos pelo Erário Régio e, portanto, contratados como funcionários do Estado. A educação escolar conduzida por Marquês de Pombal era utilitária e profissional, e se instaurou o processo de laicização, ou seja, a separação entre as ações e os poderes que caberiam ao Estado e as ações e os poderes que caberiam à igreja católica, mas pouco se fez para oferecer educação à população que trabalhava e cultivava a terra.



29/09/2012.
Nesta aula foi feita uma explanação sobre as unidades. Separamos em grupos e a partir das palavras-chave apresentadas durante a explanação, os grupos deveriam criar um documentário/noticiário para apresentar para todos; 6 grupos de 5 componentes para trabalhar as Unidades  IV, V e VI.

Unidade IV – A família real portuguesa e a educação das elites.
- Estabelecer as condições em que a família real portuguesa veio morar no Brasil.
“Em 1808, Portugal encontrava-se em dificuldades políticas e econômicas e as tropas napoleônicas invadiram Portugal, com isso D. João VI e toda a Corte portuguesa veio apressadamente para o Brasil. Durante o século XVIII toda a sociedade brasileira permaneceu patriarcal; agroexportadora; baseada na monocultura e na extração de minérios; e a força do trabalho era escrava...”


 Unidade V - A educação escolar nas províncias e a descentralização do ensino.
- Retrata a administração do Brasil por Dom Pedro I
“D. Pedro I e os políticos que o apoiavam criaram leis, os decretos e normas jurídi­cas para o país funcionar, priorizando a educação pública. Nesse período o Brasil do ponto de vista econômico continuava rural, com grandes fazendas de café, engenhos de açúcar, criação de gado, pequenas manufaturas, teares, pecuária de peque­nos animais e agricultura de subsistência, e do ponto de vista político, prevalecia a força das oligarquias rurais e, nas pro­víncias ocorriam intensas rebeliões sociais na base popular que desejava mudanças. Alguns movimentos surgiram nessa época, como a Cabanagem, a Sabinada, a Ba­laiada e a Guerra dos Farrapos, que eram expressões e manifesta­ções contra a prepotência e a arrogância das oligarquias do­minantes que, aliadas ao governo centralizador de D. Pedro I, que sufocavam as províncias com impostos, leis arbitrárias e com a nomeação de governantes, mesmo com a recusa dos mo­radores.  As mulheres tiveram de vencer os obstáculos e transgredir regras e normas estabelecidas pela Igreja Católica, pelos go­vernos e pelos políticos para terem direito de acesso à educa­ção escolar...”

Unidade VI - República dos coronéis e as pressões populares pela educação escolar.
- A educação escolar no Brasil no período republicano.
“A República brasileira foi instalada em 1890, sob as arcaicas estruturas da monarquia imperial, e o cenário era constituído por uma po­pulação negra, livre e sem destino, e por uma visão de manu­tenção da grande propriedade rural e de que as mulheres não necessitavam frequentar as escolas e os espaços públicos, além do analfabetismo geral de adultos e de crianças e da infância abandonada...”




20/10/2012.
Neste dia, além dos resumos das Unidades VII, VIII e IX, fizemos uma visita ao Colégio Lysímaco Ferreira da Costa de Rio Negro, onde tivemos uma conversa sobre e apresentação da estrutura do Colégio pela Diretora Rosana e Coordenador de Curso prof. Armando. Os mesmos falaram sobre a importância dos Cursos Técnicos oferecidos pela escola, o Curso Técnico Agrícola, Técnico em Meio Ambiente e futuramente Curso Técnico em Agroindústria.
Unidade VII – Manifestos de educação: ao povo e ao governo.
O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932 representou a tomada de posição dos intelectuais liberais num movimento em que propuseram a reconstrução educacional no Brasil, estabelecendo princípios norteadores: universalização da educação, laicidade, gratuidade, obrigatoriedade, coeducação, descentralização, formação universitária para professores, educação pragmática e utilitária e espírito científico nas investigações.
Para os pioneiros o caminho para a modernização passava pela reconstrução da educação pública, gratuita, laica e obrigatória, pelo desenvolvimento científico e investigativo e pela criação de um sistema nacional de educação integrado e articulado. Defenderam a educação pública como questão nacional e de responsabilidade do Estado. O segundo Manifesto de 1958, dirigido ao povo e ao governo, foi uma tomada de posição de luta em defesa da escola pública para todos e trouxeram à tona os conflitos entre os liberais e católicos, ou seja, entre aqueles que defendiam a escola pública e aqueles que defendiam a escola privada. Os educadores re­afirmam nesse manifesto a educação pública, gratuita, liberal, sem distinção de classes, raças e de crenças, apoiada nos valores democráticos de liberdade, de solidariedade, de cooperação, de justiça, de cidadania, de igualdade, de respei­to, de tolerância e de convivência com a diversidade étnico-cultural, uma educação voltada para o tra­balho e o desenvolvimento econô­mico.

Unidade VIII – O golpe militar e a educação pública.
Com o Golpe Militar de 1964, os comandantes militares assumem o poder, passou a governar o país e impor à ditadura, a repressão, a censura, com as consequentes torturas, mortes, sumiço das pessoas que ousavam desafiar o governo. Mui­tos intelectuais, professores, músicos, atores e políticos foram exilados no exterior e só retornaram quando houve a anistia. Os direitos sociais e políticos dos cidadãos foram abolidos. Famílias inteiras que foram expulsas do campo migraram para as cidades em busca de melhores condições para viver.
Foi um período de cassação de direitos políticos e dos direitos sociais, onde foram suspensos os direitos políticos e aplicadas medidas duras: repressão, tortura, censura, perseguição, punições e mortes.
Unidade IX – Redemocratização: cidadãos e consumidores.
Com a Nova República, os profissionais da educação se organizarão em sindicatos, entidades científicas, associações, congressos de educação, greves, e elaboraram o Plano Nacional de Educação.
A educação é um direito social, devemos lutar e defendê-lo como um bem universal, pois nos torna humanos, seres sociais, políticos, históricos e culturais. Vivemos numa sociedade marcada pelas desigualdades regionais, sociais e educacionais. Mas o conhecimento e a informação nos auxiliam nas escolhas, nas decisões e na atribuição de valores subjetivos e materiais. Ser cidadão, educador e gestor é não acreditar que as desigualdades sociais, regionais e desemprego são naturais.


 27/10/2012.
Nesta aula trabalhamos as Unidades X e XI, tivemos palestra com o Diretor Alessandro do Colégio Barão de Antonina que abordou a Educação Profissional. E outra dos representantes sindicais (da Prefeitura e do Estado), que abordaram sobre a importância, os avanços e desafios acerca do papel do funcionário público de escola.

O Diretor Alessandro falou sobre o Ensino Técnico desde as décadas de 60 e 70 que já havia os cursos técnicos de Magistério, Contabilidade e Secretariado, das diferenças do Paraná com do resto do Brasil em relação ao ensino técnico, que em 2002 e 2003 foi criada pelo MEC uma cartilha para regulamentar os cursos técnicos, que o Colégio Barão tinha os cursos técnicos de Informática, Administrativo e de Formação de Docentes, mas no nível de estado e municípios só existia cursos técnicos mais acessíveis no SESI e no SENAI e os CEFETS que eram instituições federais, que Santa Catarina criou os Cedups e que essa forma de cursos tem seus méritos, e que uma das coisas que angustia em relação a cartilha do MEC é a burocracia para legalizar os cursos técnicos nas escolas, deixando mais longe a oportunidade das pessoas terem mais opções  de cursos técnicos.
Em relação ao Sindicato os palestrantes Gerson Haide, Otacília e Valdete Borman, falaram sobre a importância do sindicato e seus benefícios aos associados, das conquistas do sindicato para os funcionários e professores do Paraná, das lutas e conquistas antigas e das que estão por vir.

Unidade X – Identidade profissional e projeto político pedagógico.
Na educação, a gestão democrática passou a ser um princípio. E o Projeto Político Pedagógico um dos instrumentos concretos de participação coletiva; é um instrumento para o fortalecimento das ações e da partici­pação política dos integrantes dentro da escola; é um documento teórico-prático que pressupõe relações de interdependência e reciprocidade entre todos da comunidade escolar.
O que significa ter identidade profissional?
Toda e qualquer identidade individual ou coletiva é construída pelo sujeito humano-histórico ao traduzir sua visão de mundo. A construção de identidades se vale da matéria-prima forne­cida pela História, Sociologia, Política, instituições produtivas, instituições sociais, memória coletiva, aparatos de poder, dou­trina religiosa, processos educativos e da cultura que, proces­sados pelos cidadãos, por grupos sociais ou por categorias profissionais, reorganizam seu significado em função de valo­res subjetivos e materiais, das relações de poder, do modo de produção e do projeto de sociedade.
Entende-se por identidade o conjunto de símbolos, significados, experiências, rituais, códigos de linguagens e ações práticas.
Esse Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação é de fato uma mudança na legislação educacional, visa e espera a inserção política e social da categoria dos funcionários da educação, e a redefinição de suas identidades profissionais.

Unidade XI – Políticas para a educação pública: direito e gestão.
Em 1989, em Washington, nos Estados Unidos, realizou-se um evento com os governos e ministros de vários países capita­listas desenvolvidos para decidirem o que fazer com aqueles cuja economia crescia num ritmo muito lento, discutiram um conjunto de medidas que foram propostas e assinadas com o compro­misso de aplicá-las em seus países, algumas delas são: privatizar empresas estatais, abrir portos para exportação e importação de produtos e merca­dorias, permitir a entrada de bancos e várias empresas multina­cionais e a liberdade comercial e econômica, conter os investimentos no campo social, permitir que os juros ficassem altos para atrair os investidores externos, reduzir a presença do Estado na oferta dos direitos sociais, favorecer a liberdade para a circulação de capitais externos para entrar e sair do país sem atropelos e prejuízos e realizar as reformas: tributária, da previdência, do judiciário, do Estado e da educação. Na política foram criados os blocos políticos e econômicos.
A educação escolar pública é um instrumento fundamental para o desenvolvimento social, cultural, político e econômico do país, de seu povo, e garantia dos direitos básicos de cidadania, de justiça social e dos valores democráticos.


"Acredite nos seus sonhos, e torne-os possíveis..." Syl Lunkes


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